quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Material Tic

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Atividade Final

Tecnologias na Educação: Ensinando e Aprendendo com as TICs

Atividade final da Unidade 1

Olá turma! Que bom que chegamos ao fim de mais uma batalha, fico feliz por tê-los aqui comigo, pois, nada em nossa vida se não for com sacrifício não chega a uma determinada vitória.

Como fazer a atividade

Faça um grupo de estudo, dê preferência com os próprios colegas de escola, com base nas questões de reflexão explicite seu relato, em seguida faça a oficina no Linux - impress, no Windows – pawer-point, use toda a criatividade de seu grupo: como imagem etc... Mãos a obra. Para facilitar a identificação do seu grupo e da atividade, o documento deverá ser elaborado ser salvo da seguinte forma:
Exemplo: emebdomboscoatvfinalunidade1-perceba que o nome do arquivo não pode ter espaços e nem caracteres especiais do tipo: $,%,?,...etc.
Envie o trabalho de seu grupo pelo item biblioteca MATERIAL DO ALUNO, no e-proinfo.

Questões para reflexão:

O que a tecnologia oferece de novo? Será necessário mudar minha prática pedagógica? Quais contribuições essa tecnologia pode trazer para a aprendizagem dos alunos? E para o meu dia-a-dia como professor?

Como a escola lida com as novas tecnologias? Como é a aprendizagem dos professores, gestores e alunos para utilizar as tecnologias no seu cotidiano? E como fica o processo de ensino e aprendizagem?

Quais os entraves que foram encontrados no período do curso? Qual a expectativa em relação ao curso?

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Interfaces digitais para a organização e representação do conhecimento Aneridis Monteiro1

Interfaces digitais para a organização e representação do conhecimento
Aneridis Monteiro1
Vivemos em um mundo de constantes mudanças, principalmente do ponto de
vista da aprendizagem. Há um número representativo de pessoas que tem
dificuldades em aprender o mínimo necessário exigido para sobreviver nos dias
atuais, pois há uma avalanche de informações; o que necessariamente não
significa dizer uma avalanche de conhecimentos.
Pode-se afirmar que nunca as pessoas de uma sociedade foram tão
bombardeadas com tantas informações simultaneamente. Este momento social
pode ser denominado de “sociedade da aprendizagem”, uma sociedade onde
“aprender constitui não apenas uma exigência social crescente – que conduz
ao seguinte paradoxo: cada vez se aprende mais e cada vez se fracassa mais
na tentativa de aprender” (POZO, 2004).
O referido autor afirma ainda que “essas demandas crescentes da
aprendizagem produzem-se no contexto de uma suposta sociedade do
conhecimento, que não apenas exige que mais pessoas aprendam cada vez
mais, mas que aprendam de outra maneira, no âmbito de uma nova cultura da
aprendizagem, de uma nova forma de conceber e gerir o conhecimento, seja
na perspectiva cognitiva ou social” (POZO, 2004).
Sendo assim e transportando esta reflexão para o interior das
instituições escolares temos que nos reportar-nos à possibilidade do uso das
tecnologias como formas alternativas de aquisição de conhecimentos, e que
essas tecnologias impliquem “formas específicas e identificáveis de mudança
social, econômica e cultural, ou seja a assunção da tecnologia como elemento
integrante e essencial na organização social e da nossa experiência subjetiva.”
(DAMASIO, 2007, p. 67).
Diante dessas perspectivas e expectativas que apontam imediatas
necessidades de direcionar a escola e as aulas a novas possibilidades de
aquisição e construção de conhecimento, é que a escola, a sala de aula, os
1 MONTEIRO, Aneridis A. Interfaces digitais para a organização e representação do conhecimento.
São Paulo: Pontifícia Universidade Católica, Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo, 2008.
professores e a educação formal não devem se acomodar ou permanecer
estagnada.
Como afirma Gadotti (2000) na sociedade do conhecimento é preciso
múltiplas oportunidades de aprendizagens, portanto, cabe à escola
amar o conhecimento como espaço de realização humana, de
alegria e de contentamento cultural; cabe-lhe selecionar e rever
criticamente a informação, formular hipóteses, ser criativa e
inventiva, ser provocadora de mensagens e não pura receptora,
produzir, construir e reconstruir o conhecimento elaborado.”
(GADOTTI, 2000, p. 251)
Assim, a escola passa a ser um espaço onde se gesta conhecimento e
não apenas o transmite.
Uma breve reflexão sobre a escola e as exigências atuais, leva a afirmar
que cabe à escola munir seus alunos com habilidades e competências exigidas
em tal momento social, nesse caso
a sociedade do conhecimento traduz-se por redes, ‘teias’ (Illich),
árvores do conhecimento, sem hierarquias, em unidades
dinâmicas e criativas, em conectividade, intercâmbio, consulta
entre instituições e pessoas, articulando contatos e
vínculos.(GADOTTI, 2000, p.251)
Segundo Martínez (2005), atualmente, um dos desafios postos às
escolas dos países em desenvolvimento é responder à demanda de acesso
universal a educação, além de ofertar uma educação que se preocupe com a
diversidade cultural, com o desenvolvimento das comunidades que com o
passar dos tempos vem adquirindo papéis bem mais ativos nas decisões,
principalmente educativas.
Tais afirmativas remetem-nos a pensar no uso da Internet, em
ferramentas cognitivas, em Tecnologias da Informação e da Comunicação
(TIC), em redes de comunicações, em novos espaços de ensinoaprendizagem,
em inéditos desafios para criar e partilhar conhecimento.
Novas formas de ensinar e aprender, estes são os grandes desafios da
educação para atender ás atuais demandas sociais.
Partir do pressuposto que os alunos conhecem e utilizam os
computadores e ambientes virtuais, é uma premissa favorável para a utilização
dos mesmos em sala de aula.
O uso do computador como apoio á aprendizagem deve ser significativo
para que se torne uma ferramenta cognitiva ou como afirma Jonassen (2007)
as aplicações pedagógicas da informática são feitas com a exigência que os
alunos pensem de forma significativa a fim de utilizarem tal recurso como
representação de sua capacidade de produzir conhecimento e não apenas
reproduzi-los e assim há necessidade do envolvimento cognitivo dos alunos, e
essa é uma possibilidade de melhorar qualitativamente seu desempenho.
Inúmeras são as possibilidades de uso, mas atualmente muitos
educadores usam os fotologs, videologs, weblogs pois eles “são aplicativos
fáceis de usar que promovem o exercício da expressão criadora, do diálogo
entre textos, da colaboração”, afirma a educadora Suzana Gutierrez, da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul; ela ainda reforça que “os blogs
possuem historicidade, preservam a construção e não apenas o produto
(arquivos); são publicações dinâmicas que favorecem a formação de redes”;
além dos weblogs que “abrem espaço para a consolidação de novos papéis
para alunos e professores no processo ensino-aprendizagem, com uma
atuação menos diretiva destes e mais participantes de todos” (GUTIERREZ,
2007)
Os blogs, fóruns, chats, PodCasts por exemplo, podem ser usados de
infinitas formas como recursos educacionais para criar textos, relatórios de
visitas, publicarem fotos e vídeos produzidos pelos alunos, conseqüentemente
eles passam a participar de seu processo educativo e de construção de
conhecimento e deixam de ser meros expectadores-passivos.
Moran (2007) afirma que existem diversas possibilidades de utilização
dos blogs na escola, quer pela facilidade de sua publicação, que não exigirá
conhecimentos específicos de tecnologia de seus usuários; quer pelo fascínio
que estes recursos exercem sobre os alunos. No entanto, aos professores,
cabe a tarefa de se adequarem ao mundo virtual de seus alunos e não ficar
alheios a este contexto.
Outro recurso interessante a ser usado através da Internet para
desenvolvimento de pesquisa em grupos é o webquest.
Moran (2007) relata que a webquest pode ser usada em uma atividade
de investigação e pesquisa onde os alunos interagem com as informações
organizadas, geralmente elaborada pelo professor, para ser solucionada pelos
alunos, em grupos. Esta atividade “propicia a socialização da informação: por
estar disponível na Internet, pode ser utilizada, compartilhada e até reelaborada
por alunos e professores de diferentes partes do mundo. O problema da
pesquisa não está na Internet, mas na importância que a escola dá ao
conteúdo programático do que à pesquisa como eixo fundamental da
aprendizagem.”
O importante é saber em que os computadores, as ferramentas
disponíveis, as novas tecnologias, a Internet, por exemplo, podem contribuir
para a melhoria da qualidade das aulas e do ensino-aprendizagem, além de
favorecer o construcionismo (PAPERT apud Damásio, 2007, p.125).
A teoria construcionista pode ser entendida como “na forma como o
conhecimento é construído e transformado quando é expresso através de
diferentes media”. Para Papert2 “a chave do ensino reside na projecção
individual de idéias através da expressão dessas mesmas idéias em ordem à
criação de mecanismos de comunicação com os outros”. (DAMÁSIO, 2007, pg.
125)
Neste caso, os sujeitos se desenvolvem através de expressões
individuais que encontram nas tecnologias computacionais o principio do
processo individual de criação de expressões cognitivas.
KENSKI (p. 47) afirma que em relação à educação, “as redes de
comunicação trazem novas e diferenciadas possibilidades para que as pessoas
possam se relacionar com os conhecimentos e aprender”. Novas formas de
ensinar e aprender, estes são os grandes desafios da educação para atender
às atuais demandas sociais.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2 Dr. Seymour Papert, nascido em 01/03/1928, em Pretrória - África do Sul; matemático, educador
consagrado do Instituto Tecnológico de Massachusetts (Massachusetts Institute of Technology, MIT),
um dos pioneiros da Inteligência Artifial, bem como inventor da linguagem de programação LOGO.
BERTOCCHI , Sônia. Blog diário virtual que pode ser usado na escola. Disponível
em
http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=internet_e_cia.informatica_principal
&id_inf_escola=68. Acesso 17.dez.2007.
DAMASIO, Manuel José. Tecnologias e Educação: As tecnologias da Informação e
da Comunicação e o processo Educativo. Lisboa. PT: Ed. Vega, 2007
GADOTTI, Moacir (Org.) Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Artes
Médicas Sul, 2000
GUTIERRE, Priscila Brossi. Blogs na sala de aula: Cresce o uso pedagógico da
ferramenta para publicação de textos na Internet.
Disponível em www.educarede.org.br/educa/revista_educarede/especiais (acesso
19.dez.2007)
KENSKI, Vani Moreira. Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação.
Campinas: Papirus, 2007.
JONASSEN, D.H. Computadores como ferramentas cognitivas. Porto: Porto Editora,
2007
MARTÍNEZ, Jorge H. Guitiérrez. Novas tecnologias e o desafio da educação. IN:
TEDESCO, Juan Carlos (org.) Educação e Novas Tecnologias: esperança ou
incerteza. (tradução de Claudia Berliner, Silvana Conucci Leite; São Paulo: Cortez;
Buenos Aires: Instituto Internacional de Planeamiento de La Educacion; Brasília:
UNESCO, 2004
MORAN, José Manuel. Como utilizar as tecnologias na escola. Disponível em
http://www.eca.usp.br/prof/moran/utilizar.htm, acesso em 10.mai.2007
POZO, Juan Ignácio. “A sociedade da aprendizagem e o desafio de converter
informação em conhecimento”. Disponível em www.bookman.com.br/patioon
line/patio.htm.. acesso em 16.mai.2007
Saiba mais:
Consulte o site http://www.webquest.futuro.usp.br/ e aprenda dicas valiosas para
elaborar uma webquest.
Coloque em prática, elabore sua webquest, passe o endereço aos teus colegas e
alunos e aguarde!!! Terá surpresas e elogios!!!!

Tecnologias trazem o mundo para a escola

18.07.2008

Professora associada da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Maria Elizabeth Biaconcini Almeida, mais conhecida como Beth Almeida, se dedica a estudar a aplicação de novas tecnologias na educação, desde 1990. Na época, ajudou a estruturar o núcleo de informática da Universidade Federal de Alagoas. Com mestrado e doutorado na área, atua como docente no Programa de Pós-Graduação em Educação pesquisando Novas Tecnologias em Educação.

Em entrevista ao Jornal do Professor, a especialista ressaltou a importância da capacitação dos educadores para a modernização da sala de aula. Segundo ela, as ferramentas de produção colaborativa já são as mais utilizadas e o futuro das escolas será pautado por uma palavra: conectividade.

1. O que são exatamente as novas tecnologias que estão sendo aplicadas na educação?

Quando falamos de novas tecnologias fazemos referência, principalmente, àquelas digitais. Hoje, sabemos que a tendência é de que haja uma convergência de tecnologias e mídias para um único dispositivo. O essencial é que este dispositivo possua ferramentas de produção colaborativa de conhecimento, de busca de informações atualizadas. Isso possibilita uma comunicação multidirecional, na qual todos são autores do processo ou, pelo menos, têm potencial para ser.

2. Quando surgiu a discussão sobre esse assunto?

O primeiro projeto público surgiu no Brasil em meados da década de 1980. Era o EDUCOM, um projeto de pesquisa desenvolvido em conjunto por cinco universidades públicas que se dedicaram à produção de softwares, formação de educadores e desenvolvimento de projetos pilotos nas escolas.

3. Há uma certa polêmica em torno do uso das tecnologias em sala de aula. Afinal, os efeitos são positivos ou negativos para o desempenho dos alunos?

Vivemos numa sociedade informatizada. Não podemos negar o contato com a tecnologia justamente para a população menos favorecida que, em geral, só teria condições de acessá-la no ambiente escolar. Pesquisas mostram resultados promissores quando as tecnologias de informação e comunicação (TICs) são utilizadas de forma adequada, que oriente o uso para a aprendizagem, o exercício da autoria e o desenvolvimento de produções em grupo.

4. Como elas devem ser usadas do ponto de vista pedagógico?

As novas tecnologias podem ser usadas de diferentes maneiras, mas podem trazer soluções mais eficazes em projetos que envolvem a participação ativa dos alunos, como em atividades de resolução de problemas, na produção conjunta de textos e no desenvolvimento de projetos. O fundamental nessas tarefas é fazer com que os alunos utilizem a tecnologia para: chegar até as informações que são úteis nos seus projetos de estudo, desenvolver a criatividade, a co-autoria e senso crítico.

5. Na era da tecnologia, como serão as salas de aula do futuro?

A primeira mudança é a expansão do espaço e do tempo. Rompe-se com o isolamento da escola entre quatro paredes e em horários fixos das aulas. Teremos a escola no mundo e o mundo na escola. Isso, porque o conhecimento não se produz só na escola, mas também na vida - numa empresa, num museu, num parque de diversões, no meio familiar. Tais espaços poderão se integrar com as práticas escolares e provocarão uma revisão no conceito de escola e de currículo. Os equipamentos serão bem diferentes, estarão disponíveis em qualquer lugar, talvez nem tenhamos que carregá-los. A conectividade é que vai nos acompanhar em todos os lugares.

6. Quais serão as principais ferramentas dos professores? Que tipo de recurso já está sendo utilizado?

Já temos uma série de instrumentos sendo utilizados pelos professores. Os blogs, por exemplo, são bastante disseminados entre os docentes. O WiKi, que é um programa virtual de produção colaborativa de textos, também. Entretanto há outros recursos, como simuladores que permitem visualizar fenômenos da natureza ou do corpo humano que não teríamos condições de acompanhar se não fosse virtualmente; os simuladores propiciam também compreender o significado de funções matemáticas abstratas por meio de testes de hipóteses e da representação gráfica instantânea.

7. A senhora pesquisou a política de outros paises em relação à aplicação das TICs na educação. Como o Brasil se posiciona em relação a países como Estados Unidos e Portugal?

Atualmente, há uma convergência das experiências em diversos países. Os computadores portáteis, por exemplo, estão sendo testados em todo o mundo, simultaneamente: tanto em países da América Latina, quanto da África, da Europa. O problema, no entanto, não é a disponibilidade das tecnologias e sim a formação de professores para utilizar as TICs. Outro problema que também se evidencia em todos os países é a concepção de currículo. Precisamos superar a idéia do currículo prescrito como lista de tópicos de conteúdo. O currículo deve ser construído integrando o que emerge da própria relação cotidiana entre professores e alunos. Muitas vezes, os currículos não abordam habilidades e competências que precisam ser desenvolvidas. Quando se trabalha com o registro de uma atividade num blog, por exemplo, os alunos desenvolvem um projeto pelo computador, que tem o seu desenvolvimento registrado e, assim, é possível identificar diferentes dimensões do currículo que foram trabalhadas no projeto, o que vai muito além do currículo prescrito.

8. O que está sendo feito hoje em termos de formação de professores?

Em primeiro lugar, no Brasil, todos os programas voltados para TICs na educação têm essa preocupação de capacitar os professores. Mais do que permitir o acesso à tecnologia, os programas trabalham a preparação dos educadores. E isso é uma questão de longo prazo, porque a formação se dá ao longo da vida, tem que ser continuada e voltada para a própria prática. Além disso, temos hoje várias pesquisas sendo desenvolvidas nesta área e o Brasil se destaca por ter um projeto de tecnologias na educação que integra a formação de educadores, a prática de uso de tecnologias e a pesquisa científica.

(Renata Chamarelli)